Nova Floresta está localizada na região do Curimataú Paraibano e teve sua origem no final do século XIX.
Por volta de 1870, o local onde hoje está a cidade era uma área rural conhecida como Sítio Estrondo. A primeira casa foi construída em propriedade do senhor Antônio Massimino, onde também foi instalada a Casa de Farinha do Estrondo. Posteriormente, o imóvel foi vendido, em partes, para outros proprietários. Segundo o pesquisador Calixto Dantas, um dos donos dessa propriedade foi o Sr. Cecílio Ferreira de Almeida, que passou as terras aos seus herdeiros. Ele é considerado um dos desbravadores da região.
Em 1926, José Belarmino Correia foi o primeiro morador do povoado que começava a se formar, segundo informações de Luís Belarmino.
No ano seguinte, 1927, foi construída a primeira casa do povoado, localizada na então Rua São Severino, atual Rua Felinto Florentino, de propriedade do Sr. José Garcia Dantas. No mesmo ano, o comerciante Benedito Marinho da Costa instalou o primeiro comércio da localidade, batizado de "A Simpatia". Ele também foi responsável por nomear o povoado de Nova Floresta, em homenagem à cidade de Floresta (PE), por onde havia passado.
Outras casas foram erguidas nesse período por moradores como José Pedro Garcia Dantas e Ananias Martins de Araújo, casado com Maria Olindina das Mercês.
Em 1930, o agricultor e benemérito João Nilo Dantas (João Cazuza) construiu sua casa no povoado. Ele doou diversos lotes de terra, inclusive o terreno onde hoje está localizado o Mercado Público, contribuindo decisivamente para o crescimento urbano da cidade. João era casado com Dona Regina, com quem teve três filhos: Jura, Vinuca e Regina.
O crescimento da vila se intensificou a partir de 1935, com a doação de um terreno por Felinto Florentino de Azevedo para a construção da Capela de São Severino Bispo, padroeiro da cidade.
Em 20 de outubro de 1936, foi celebrada a primeira Missa na povoação, pelo Padre Luiz Santiago, e a pedra fundamental da capela foi assentada. Trabalharam nessa obra os profissionais Zé Mulato (pedreiro) e Severino Evaristo (carpinteiro), além dos irmãos José e Raimundo Gadelha, ajudantes. A população também contribuiu, em regime de mutirão, transportando pedras e areia, com forte incentivo de Felinto Florentino.
A primeira feira livre da vila foi organizada em 1938, consolidando o crescimento comercial e social da localidade.
Em 1955, Nova Floresta passou a ser distrito de Cuité. A emancipação política veio em 30 de abril de 1959, quando a cidade tornou-se município independente, por força da Lei Estadual nº 2.090.
Durante as décadas seguintes, Nova Floresta expandiu-se com base na atividade comercial, na agricultura familiar e na chegada de migrantes vindos de diversas regiões da Paraíba e do Nordeste.
A cidade ficou conhecida por suas tradições culturais, entre elas as festas religiosas, juninas e de Natal e Ano Novo (estas últimas hoje mais voltadas para o âmbito particular), a atuação da Filarmônica José Batista — que completa 60 anos de atividades em 2025 —, o projeto Brasibes, o Cine Íris (já inexistente), além da contribuição de seus artistas de ontem e de hoje.
Em 1975, por meio do Projeto de Lei nº 143, de autoria do então prefeito Silvestre Garcia da Silva e aprovado pelo legislativo municipal, foram criados oficialmente os símbolos do município — Bandeira, Hino e Brasão —, oficializados em 24 de outubro daquele ano.
Hoje, Nova Floresta possui uma população estimada em cerca de 9.700 habitantes. A economia local é sustentada pela administração pública, pelos serviços e por pequenas indústrias. A cidade segue crescendo, mas sem perder suas raízes, mantendo viva sua história e combinando tradição com avanços nos setores de saúde, educação e infraestrutura.
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